Há cada anormal, que só visto

Ainda está para vir o dia em que vejo um verdadeiro deficiente (com todo o respeito) a utilizar os lugares que lhe são destinados no parque do IKEA/Porto.
É que, provavelmente, isso nunca vai acontecer. Porque, infelizmente, os cromos que de deficiência não aparentam ter nada (só se padecerem da deficiência da preguiça e da falta de respeito) acabam sempre por estacionar nos lugares que não lhes são destinados.
Se chegar alguém com deficiência motora, por exemplo, num sábado, em que o parque está a rebentar pelas costuras, o pobre coitado vai ter de calcorrear largos metros porque vários anormais, com saúde de ferro, mas com poucos neurónios activos, lhe tiraram o lugar por estupidez.
Hoje, um condutor, além de deficiente dos cornos (porque só podia), ainda revelou outra deficiência – é que além de não respeitar o estacionamento teve a lata de deixar o carro atravessado, ocupando parte de um segundo lugar.
Ainda pensámos que ia corrigir o erro, mas parece que não. Pouco depois já caminhava com o seu fato-de-treino de fim-de-semana, assim como a sua gaja, altamente equipados para ir às compras! E não revelavam pingo de deficiência… a não ser a da estupidez.
Só lamento não ver por lá um único segurança para os alertar para essa questão.
Conclusão: ambos devem querer ter uma deficiência para poder estacionar perto do acesso às galerias, mas podiam começar por bater com os cornos contra uma parede para ver se acordam e respeitam quem precisa verdadeiramente.